As infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) são um ponto fundamental quando o assunto é saúde masculina.
Para aumentar a conscientização acerca do assunto, nós separamos alguns dados recentes sobre as ISTs em homens:
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M. Genitalium em homens:
é associado a sintomas de uretrites e inflamação uretral e é responsável por 15-25% dos casos de uretrite não gonocócica nos EUA.
Entre homens com sintomas de uretrite, M. Genitalium foi detectado em 11% dos que apresentavam uretrite na Austrália, 12-15% no Reino Unido, 15% na África do Sul, 19% na China, 21% na Coreia, 22% no Japão e 28,7% nos Estados Unidos.
Sexually Transmitted Infections Treatment Guidelines, CDC, 2021. -
Panorama Geral em Homens:
M. hominis não causa doença e provavelmente é mais um reflexo de vaginose bacteriana em suas parceiras.
A presença de U. parvun não tem evidências de associação com uretrite não gonocócica e infertilidade.
U. urealyticum é associado com uma pequena proporção de casos de uretrite não gonocócica, particularmente em homens mais jovens e com poucas parcerias sexuais e uma maior carga bacteriana. Porém, em 40-80% dos casos em que é detectado, ele não é o agente causal da uretrite.
Should we be testing for Urogenital Mycoplasma hominis, Ureaplasma parvum and U. urealyticum and man and women - A position statement from the European STI Guidelines Editorial Board 2018. -
Deve-se realizar a testagem de M.hominis, U.urealyticum e U.parvum em caso de ISTs?
Baseado em evidências atuais, o rastreio e o tratamento de rotina de homens e mulheres sintomáticos e assintomáticos para M.hominis, U.urealyticum e U.parvum NÃO É RECOMENDADO.
Should we be testing for Urogenital Mycoplasma hominis, Ureaplasma parvum and U. urealyticum and man and women - A position statement from the European STI Guidelines Editorial Board 2018. -
Deve-se realizar rastreio de M.genitalium?
Mesmo com a presença de mycoplasma genitalium a maioria das pessoas é assintomática e elimina a infecção sem desenvolver a doença.
Alguns pacientes apresentam uretrite, proctite, sangramento pós-coito, cervicite e doença inflamatória pélvica (DIP).
O teste deve ser limitado a pacientes sintomáticos e a contatos sexuais de pacientes que testaram positivo para M.genitalium.
A triagem assintomática é desencorajada.
Sexually Transmitted Infections Treatment Guidelines, CDC, 2021.